domingo, 17 de março de 2013

Urucum ajuda a emagrecer, reduz radicais livres e diminui colesterol

Segundo a médica Sylvana Braga, o urucum, que antes era usado para bronzeamento, ganha espaço na busca pela boa forma



                                                                                                           
Urucum
Para a nutróloga Sylvana Braga, o urucum estimula a redução de gordura periférica, favorecendo o emagrecimento corporal


São Paulo - A chegada do verão exige cuidados redobrados com a saúde e o corpo. Para ficar em forma e curtir a temporada de sol, as pessoas intensificam os exercícios físicos. As mulheres, em especial, apostam em dietas rigorosas e, até mesmo, em remédios. O mais indicado para conquistar um corpo esbelto é optar por uma alimentação adequada, mas com saúde e qualidade.

Para a médica nutróloga, reumatóloga, fisiatra e especialista em prática ortomolecular, também autora do livro “Dieta Ortomolecular – o segredo de rejuvenescer em total harmonia", Sylvana Braga, o urucum, que muitos usavam para obter um bronzeamento rápido, quem diria, agora ganha espaço na busca pela boa forma. De origem nacional e com características funcionais, vem da semente de urucum e auxilia no emagrecimento. Também chamado de Urucum Bixa Orellana L., é um extrato que tem efeitos sobre o organismo como um todo. É muito usado pelos índios na culinária e para ornamentação do corpo.
"O uso mais comum dá-se através das suas sementes trituradas ou através da manipulação em laboratório. Conhecido como colorau, pode ser acrescentado à dieta em saladas, massas, arroz e sopa", conta.
Para a nutróloga, o urucum melhora os receptores da insulina, o que promove uma baixa da glicose sanguínea e estimula a redução de gordura periférica, favorecendo, assim, o emagrecimento corporal.
Além disso, Sylvana afirma que o urucum é rico em carotenóides, excelentes antioxidantes que impedem a peroxidação lipídica e as aberrações dos cromossomos. "Logo, protegem o corpo das mutações genéticas do aparecimento de doenças ligadas à hereditariedade. Os carotenóides possuem uma coloração atraente com baixa toxicidade, ou seja, ausência de efeitos colaterais adversos. Dos carotenóides presentes no urucum, predomina a bixina, que reduz os radicais livres circulantes e protege as membranas celulares da ação dos mesmos."
Dentre as funções importantes do urucum, pode haver a baixa de colesterol total, redução do mau colesterol (LDL) e aumento do bom colesterol (HDL). Como não possui efeito tóxico, pode reduzir os indutores de câncer colorretal.


Quatro inimigos naturais do colesterol

Dr. Jorge Boucinhas [médico e professor da UFRN]


Pesquisadores do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu iniciaram, há anos, um estudo científico com a berinjela. Para comprovar a veracidade da sua capacidade de baixar o colesterol sanguíneo, eles alimentaram coelhos com ração especial à base de gema de ovo, elevando artificialmente suas taxas de colesterol. Como passo seguinte, sem parar a oferta de gemas ofereceram-lhes berinjela crua como refeição matinal. Em três meses, os níveis dessa gordura na corrente sangüínea dos animais baixaram 30% mesmo sem os animais terem perdido peso. Suas fezes, ademais, apresentavam teor aumentado da gordura, o que levou os pesquisadores a suspeitar que a planta auxiliaria a eliminação fecal da mesma. Observe-se que tais efeitos foram obtidos com o vegetal cru, não se tendo verificado se o efeito seria perdido com a cocção pois não se averiguou  qual o princípio ativo redutor das taxas.

Mas não se pense tão somente na berinjela. Outras plantas têm ação semelhante. Uma é o alho, rico em alicina, que além de eliminar o colesterol ainda evita a agregação de plaquetas nos vasos sanguíneos. Tal agregação seria precursora das placas de ateroma,  as quais podem, com o passar do tempo, obstruir artérias e causar sérios problemas cardiovasculares.   Vale notar que as cápsulas de alho comercializadas dificilmente atingem a concentração de 4 g por unidade, considerada a ideal para obter esse efeito, sendo  necessário tomar várias ao dia.    Por mais que se tema piorar o hálito depois delas, o jeito talvez seja consumir de 1 a 5 dentes frescos, podendo eles ser picados e tomados com qualquer líquido.

As fibras alimentares, sempre bem recomendadas, também auxiliam nessa tarefa, mas ingerir a quantidade de 30g/dia não é tarefa fácil. Corresponde, por exemplo, a em torno de três colheres das de sopa de farelo de trigo ou a 25 laranjas pequenas ou quase 3,5 xícaras das de chá de ervilhas.  Esta é uma das razões de haver tantos complementos comercializados no mercado, uma boa parte à base de glucomanan, um carboidrato extraído da raiz de uma palnta, o Amophorphallus konjac. A ingestão desses suplementos requer que se tome, por dia, 2 litros de água, pois é o contato com os líquidos que o faz agir, sem ela podendo ocorrer constipação intestinal intensa.   Há uma fonte de fibras ainda mais tranqüila e fácil de empregar: as naturais da aveia são muito superiores às dos demais cereais no papel de abaixadoras de taxas.    Fazem isto por unirem-se ao colesterol ingerido e aos sais e ácidos biliares (que são fundamentalmente constituídos daquela gordura) e fazem com que não sejam reabsorvidos, ocorrendo sua eliminação fecal.   Até a velha e boa aveia Quacker, em flocos grossos, é campeã nisto.   

Há outros vegetais que, literalmente, dão um empurrão no metabolismo. É o caso do urucum, mais usado como corante de alimentos, e que se constitui em uma das mais promissoras plantas em pesquisa. Um trabalho da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul comprovou sua utilidade. A película que envolve a semente é composta de 90% de bixina (corante natural derivado da vitamina A). Suspeita-se que esse carotenóide tenha o poder de acelerar o metabolismo de gorduras e seja o responsável pela redução das taxas de colesterol e de triglicérides. O urucum consegue baixar o colesterol LDL sem alterar a fração HDL, dita "o bom colesterol". Nota importante: nada de fazer chás ou infusões com a semente. Se a berinjela perde as propriedades de reduzir o colesterol ao ser cozida, o urucum perde-as quando fervido. A receita é deixar 30/35 sementes (encontradiças em mercados e feiras livres) de molho em 1 litro de água e tomar a mistura três vezes ao dia. Não é preciso coar.

Como se pode ver, nem sempre há que recorrer com exclusividade a medicamentos industrializados.   Estes poucos exemplos mostram que medidas simples podem ajudar a impedir acidentes cardiovasculares. Que pode ser mais simples que tomar água de urucum pela manhã, pela tarde e pela noite? Ou usar uma gostosa papinha de aveia (com leite desnatado, pois nem todos aceitam bem o leite de soja, ideal neste caso) no café da manhã e pelo entardecer? E berinjelas?  Bem que são gostosas no almoço, não? E quanto ao alho?  Bem, aí os gostos variam: tanto se pode dizer que bastam as outras opções como simplesmente fechar o nariz e engolir!

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